Do medo à inovação: como os professores podem se adaptar às novas tecnologias na sala de aula
Um medo comum em toda profissão é sofrer demissão. Um sentimento de fracasso, desamparo e injustiça toma conta, mesmo das pessoas mais equilibradas. Nestes tempos de avanço exponencial da tecnologia, o perigo de sermos trocados por máquinas e computadores é ainda maior, causando uma repulsa ao uso da tecnologia.
Na educação não é diferente, alguns segmentos estão migrando para a virtualização do ensino, tais como universidades com cursos semi-presenciais (erroneamente chamados de híbridos) que requerem poucos professores. Em contraste, na educação básica vemos o banimento da tecnologia online da sala de aula, por medo ou orgulho dos educadores que ainda sentem-se detentores do conhecimento ou por não saber como agregá-la ao método tradicional. Neste caso, o perigo é ainda maior, pois lutar contra uma tendência mundial pode se tornar o motivo principal do seu fracasso, visto que o profissional não consegue mais atender à uma demanda do mercado (GODOI; KAWASHIMA; DE ALMEIDA GOMES, 2020, p. 88).
Porém, há professores que inovam o ensino tradicional e reconhecem que o melhor caminho é buscar na tecnologia soluções para para transferir, sem medo, parte de suas funções, tornando assim seu trabalho mais fácil e efetivo (COSTA et al., 2022, p. 8). Um exemplo disso é o estudo realizado por Marcondes e Ferrete (2020), que demonstra como a tecnologia digital de informação e comunicação e metodologias ativas podem ser utilizadas na personalização do ensino de redação, permitindo uma aprendizagem mais individualizada e efetiva.
Claramente, há uma resistência em utilizar as tecnologias no ensino, mas não podemos esquecer que a educação é uma das áreas mais afetadas pelo avanço da tecnologia e que essa realidade não pode ser ignorada pelos professores. De acordo com Marcondes e Ferrete (2020), a utilização da tecnologia digital de informação e comunicação (TDIC) e metodologias ativas na personalização do ensino de redação se mostrou eficiente. Os autores defendem que a TDIC pode ser um recurso importante para aperfeiçoar a didática do professor e tornar o ensino mais dinâmico e efetivo. Além disso, a personalização do ensino é fundamental para atender às necessidades individuais dos alunos, e as metodologias ativas se mostram como uma alternativa para alcançar esse objetivo.
Diante disso, é preciso que os professores deixem de lado o medo e a resistência em utilizar as tecnologias no ensino e comecem a enxergá-las como uma aliada na promoção de um ensino mais efetivo e engajador. Como afirma Vasconcelos Soares e Colares (2020), a pandemia de COVID-19 acelerou a utilização de tecnologias no ensino e esse processo é irreversível, ou seja, as tecnologias vieram para ficar na educação.
Por fim, é importante ressaltar que a utilização da tecnologia no ensino não deve substituir o papel do professor, mas sim auxiliá-lo no processo de ensino e aprendizagem. Como afirmam Costa et al. (2022), as metodologias ativas e a personalização do ensino não substituem o papel do professor, mas o enriquecem e o tornam mais atuante no processo de ensino e aprendizagem.
Para vencer seus desafios:

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Referências bibliográficas:
COSTA, Maria Magali Borges et al. Um estudo sobre as contribuições das metodologias ativas e da personalização no ensino de ciências. 2022.
DE VASCONCELOS SOARES, Lucas; COLARES, Maria Lília Imbiriba Sousa. Educação e tecnologias em tempos de pandemia no Brasil. Debates em Educação, v. 12, n. 28, p. 19-41, 2020.
GODOI, Marcos; KAWASHIMA, Larissa Beraldo; DE ALMEIDA GOMES, Luciane. “Temos que nos reinventar”: os professores e o ensino da educação física durante a pandemia de COVID-19. Dialogia, n. 36, p. 86-101, 2020.
MARCONDES, Rosana Maria Santos Torres; FERRETE, Anne Alilma Silva Souza. Tecnologia digital de informação e comunicação e metodologias ativas na personalização do ensino de redação. Humanidades & Inovação, v. 7, n. 6, p. 207-220, 2020.
MARTINEZ, Suzana Riquelme Moreno; PERIC, Raja Bou Assi. As exigências educacionais para o mercado de trabalho no século XXI. Revista Interfaces: ensino, pesquisa e extensão, v. 1, n. 1, p. 5-22, 2009.
Imagem de Syaibatul Hamdi por Pixabay
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