A geração alpha: nativos digitais
Agora é a vez da pessoa mais importante na nossa profissão: o aluno. Se não o colocássemos em primeiro lugar não teríamos escolhido esta área, não é mesmo? Vamos agora conhecer as características gerais desta geração.
Há dezessete anos o americano Marc Prensky cunhou as expressões nativos digitais e imigrantes digitais para diferenciar as gerações de pessoas que nasceram na era da internet e das que nasceram antes e agora precisam adaptar-se à ela. Desde então, é possível que os alunos que estão saindo agora da escola tenham nascido junto com a popularização da internet, assim, praticamente todos os nossos alunos atuais são nativos digitais, com certeza vale a pena destacar as características da geração que está chegando em nossas escolas.
De acordo com a época em que vivemos, os estudiosos do comportamento humano identificam certas características nas gerações humanas que as diferenciam das demais, tais como: Baby boomers, X, Y, W, Z e a última identificada é a Alpha.
A geração Alpha que está chegando em nossas escolas são os nascidos a partir de 2010. Ela nasceu em um contexto em que as novas tecnologias estão bem mais desenvolvidas do que há 10 anos atrás. Além do uso ser diferente, a quantidade de informações também é exponencialmente maior. Esta geração é muito curiosa, esperta e ligada em tudo à sua volta. Destacam-se por uma relação intrínseca com a tecnologia, estão a todo tempo estimulados por dispositivos digitais e interagem com tablets e smartphones mesmo antes de saberem andar.
Pode-se prever que esta geração será mais adaptável, independente, instruída e empreendedora, pois tem acesso a ferramentas digitais e informações desde cedo. Isto motivará a escola a mudar, pois o modo de aprender das crianças é baseado na tecnologia e na personalização.
A vida destas crianças online é intensa, estando permanentemente conectadas. Portanto, a nível psicológico, há uma tendência em se sentirem sozinhas, com pouca interação humana, intensificando os desafios para os pais e educadores.
O desafio dos pais e das escolas é ajudar estas crianças a lidarem com a sobrecarga de informações, ao pouco espaço para reflexão no mundo virtual, visto que tudo está pronto para ser consumido, com a solidão e as emoções num contexto onde as relações são virtuais, criatividade, responsabilidade, empatia e a capacidade de tomar decisões em um mundo cada vez mais digital.
Para refletir
Conhecendo as características desta geração, quais atitudes eu poderia adotar para melhorar minha relação com meus alunos?
Como eu poderia aproveitar a conectividade constante desta geração em minhas aulas?