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A escola, a tecnologia e a minha imaginação

brown wooden desk table

Foto por Stephen Paris em Pexels.com

Não sei sobre você, mas quando eu era criança, até a quarta série sentávamos em carteiras de madeira que suportavam dois alunos cada, o que motivava a troca de ideias e havia muitos momentos em que um amigo ajudava o outro. A professora (por quem eu era apaixonado) sempre dava aulas sentada, não lembro dela explicando algo na lousa, mas acho que em algum momento ela deveria fazer isso. Confesso tenho saudades do livro Caminho Suave…

Quando passei para o secundário (fundamental 2), passamos a sentar em carteiras separadas e a conversa já não era mais tão motivada e os momentos de ajuda entre amigos eram menos frequentes…bom é que passou rápido e as duas únicas lembrança que tenho desta época foram de um soco que levei de um amigo que denunciei por ter olhado minha prova e de ter brigado com os alunos do ensino médio por não quererem devolver minha bola… Não lembro das aulas e nem de meus professores desta época. Lembro sim que tínhamos livros com o carimbo do MEC, muitas vezes reutilizados do ano anterior. As provas eram feitas no mimeógrafo.

Lembro-me que foi por volta da oitava série em que comecei a me interessar por tudo o que envolvia tecnologia. Comecei a assistir muitos filmes, a desenhar naves espaciais e me imaginar no espaço sideral. Porém, na sala de aula só tínhamos lousa, giz e livros. Bem diferente do que havia em minha imaginação. Mas isso não quer dizer que não havia tecnologia na sala de aula.

Desde o início da escola como a conhecemos hoje, diversas tecnologias têm sido implementadas para ajudar professores e alunos. A criação do livro, por exemplo, permitiu o estudo em casa sem a presença do professor e o caderno, no lugar da pequena lousa e o giz, também facilitou o armazenamento de informações que poderiam ser acessadas depois da aula.

Minha mãe comprou o nosso primeiro computador quando eu estava já no ensino médio. Era um Pentium 386 que rodava o windows 3.1. Quando eu estava na faculdade fiquei maravilhado com os computadores Pentium 486 e que rodavam o windows 95, recém lançado. Nesta época ganhei minha primeira conta de email, acho que nunca cheguei a utilizá-la.

A internet nesta época estava sendo distribuída nas universidades e através de conexões discadas pelas empresas telefônicas. Nessa época eu consegui um email do IG.

Apesar de não utilizar a tecnologia para visitar o espaço sideral e conhecer outros mundos, ela tem sido extremamente importante em minha vida de professor. Minha paixão pela inovação me levou a buscar sempre alternativas de ganhar tempo e despertar a curiosidade de meus alunos. Através dos recursos certos podemos conhecer, além de outros planetas e galáxias, pessoas, lugares e assuntos que vão muito além do que a escola é capaz de ensinar. Nossa imaginação agora pode ganhar mais vida e expandir suas fronteiras para além da sala de aula.

Apesar de não poder (ainda) visitar o espaço pessoalmente, fiz meu mestrado em ensino de astronomia, o que me equipou de muitos recursos de estudo e ensino. Posso agora visitar as galáxias através de telescópios robóticos como este aqui:

http://mo-www.harvard.edu/cgi-bin/OWN/Own.pl

Apesar de não poder construir minhas naves espaciais, hoje posso imprimi-las em uma impressora 3D no makerspace em que trabalho. Assim, vamos adaptando nossos sonhos e inspirando outros a impulsionarem os seus.

#Destaque

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